quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Puxa-me para ti e agarra-me com força - tanta quanto conseguires. Esmaga-me a alma contra as costelas e aperta o teu estômago contra essa tua ânsia de ser, de existir. Agarra-me com força e aperta-me o coração, dedilha-o com esses teus dedos de pianista e fá-lo vibrar. Liberta-te dessas amarras e convencionalismos, esquece o politicamente correctos e os ideais pré-concebidos de gentileza e ternura, não sou de porcelana e quero sentir-te aqui, comigo. Grita-me os teus demónios enquanto me seguras pela cintura, numa dança que se avizinha caótica e frenética. Não vaciles e deixa a loucura fluir, até me podes magoar, mas só um bocadinho, até me podes gritar obscenidades, mas só se for baixinho. Despe-me a alma e rasga-me as inseguranças, ou rasga-me a roupa e afoga os teus medos na minha pele despida de pudor. Mas deixa-me sentir qualquer coisa, nem que seja essa vida que te pulsa nas veias e que largas nos meus lábios. Não importa o que fazes, desde que faças - só te peço que no fim me chames de amor, mesmo que seja desses amores de algibeira. Depois podes sair e bater com a porta - só para sentir a tua ausência apoderar-se da minha alma e do meu corpo que ressaca o teu. Mas cuidado, cuidado para não entalares os sentimentos inexistentes - os coitados são sensíveis.

5 comentários:

carina disse...

está demasiado PERFEITO

Anne Marie disse...

muito obrigada (:

carina disse...

obrigado mesmo. beijinho grande para ti também

AnstaciaAnnGel disse...

O.O texto encantador!!!!
É mesmo raro eu encontrar algo que me tocasse tanto na alma! Adorei!

Vanessa Kiekeben disse...

puro talento, acredita! Acompanho :)