domingo, 29 de janeiro de 2012

Deixei o coração na mesinha de cabeceira, não precisava dele para me perder contigo nesses lençóis de cetim onde és deus omnipotente, e não quis correr o risco de o manchar com o vinho que bebemos descuidadamente. Faz-me tua e deixa que a música nos viole a alma e conduza o movimento dos nossos corpos submissos.
Entrego-me a ti e deixo que me completes num momento êxtase em que atingimos o clímax em uníssono, enquanto deixamos os sentimentos esquecidos na gaveta ao nosso lado. E no fim, antes de adormecer, só te peço que me chames de amor - só para limpar a minha alma manchada de suor e vinho derramado. 

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